25 julho 2018

Brasileira foi morta por bala de alto calibre, diz médico na Nicarágua

Polícia da Nicarágua diz que vigia matou a estudante brasileira

Um dos médicos que atendeu a estudante brasileira Raynéia Gabrielle Lima afirmou ao jornal nicaraguense El Nuevo Diário que ela foi atingida por uma bala de alto calibre.
A munição teria atingido do tórax até o fígado, o que não seria possível com uma arma de baixo calibre, como uma pistola.

Essa informação contradiz a versão oficial dada pela polícia da Nicarágua para a morte de Raynéia. Segundo a polícia, ela foi atingida pelo disparo de um segurança particular.
"O buraco [no tórax da vítima] tinha 15 cm, isso não seria possível com uma bala qualquer", disse o médico que preferiu não se identificar.

Outras fontes disseram ao jornal nicaraguense que a brasileira de 31 anos foi alvejada por um grupo de três homens encapuzados que estavam no bairro de Lomas de Monserrat, na cidade de Manágua, onde o namorado de Raynéia morava.

Amigos do casal que conversaram que o namorado confirmaram essa versão ao jornal. Eles não se identificaram com medo de represálias, mas disseram que a arma de um segurança não seria capaz de disparar uma rajada de balas, como a que atingiu a estudante de medicina brasileira.

Namorado não foi localizado
Depois de ser baleada, Raynéia foi levada ao hospital pelo seu namorado, que estava em outro carro, seguindo a estudante. Quando os sogros da brasileira chegaram até o local do crime, o carro dela e todos seus documentos já tinham desaparecido.

Raynéia foi atingida por volta das 23:30h da noite da segunda-feira, no horário local. Quando ela já estava no hospital, por volta da 1h da manhã, policiais chegaram ao hospital dizendo que levariam o seu namorado para "reconstituir o crime".

Os funcionários do hospital não consentiram em deixá-lo sair porque ele ainda estava em estado de choque.
Ele recebeu alta do hospital no dia seguinte, mas a polícia não deu explicações sobre como tinha conseguido chegar até a identidade dele que não é mencionada em nenhum outro documento oficial.
Até o momento, o namorado não foi localizado e não deu declarações públicas.

Vendia brigadeiro
A jovem tinha decidido ir estudar na Nicarágua porque não tinha como arcar com as despesas do curso de medicina no Brasil. Ela já estava fazendo residência em Manágua e planejava voltar para o país no ano que vem.

Para ter dinheiro, a jovem vendia brigadeiro para seus colegas nicaraguenses que não conheciam o famoso doce brasileiro. O governo brasileiro espera decisão da família para pedir a repatriação do corpo ou das cinzas de Raynéia.

com informações do R7.com