08 janeiro 2019

Bárbara Borges luta contra o álcool. Problema cresce entre mulheres

Bárbara Borges contou sobre a luta contra o alcoolismo em redes sociais

Bárbara Borges contou sobre a luta contra o alcoolismo em redes sociais

Rerodução/Instagram Bárbara Borges
A atriz Bárbara Borges, 39, a Livona da novela "Jesus", da RecordTV,desabafou nesta segunda-feira (7) em sua conta do Instagram a luta que vem enfrentando contra o álcool e afirmou estar sóbria há quatro meses.

O consumo exagerado de álcool entre as mulheres vem crescendo nos últimos anos. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), entre 2010 e 2016, o índice do chamado BPE (beber pesado episódico), padrão de consumo de álcool, aumentou entre as mulheres.

Esse padrão representa a ingestão de quatro ou mais doses dentro de um período de duas horas para mulheres. Esse índice passou de 5,2% no primeiro ano da pesquisa para 6,9% no último.

No relatório da OMS foi evidenciado também que, em 2016, problemas em relação ao abuso e dependência do álcool afetaram cerca de 1,6% das brasileiras.
A atriz postou no Instagram que o álcool não "dá mais match" com ela

Outra questão que a biomédica Erica Siu, especialista em dependência química e coordenadora do CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool), afirma ser preocupante é o número de meninas entre 13 e 15 anos que já tenham ingerido alguma bebida alcoólica. 

Dados da pesquisa PeNSE (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, do IBGE) de 2015, realizada com alunos do 9º ano do ensino fundamental, mostraram que 56,1% das meninas dessa idade já experimentaram bebidas alcoólicas, contra 54,8% dos meninos.

Quanto ao consumo atual, que questiona a ingestão alcoólica nos últimos 30 dias que antecederam a pesquisa, as meninas também se destacaram, sendo 25,1% contra 22,5% dos garotos. 

Erica afirma que os dados são alarmantes pois, quanto antes a pessoa experimenta bebidas alcoólicas, maiores são as chances de ela desenvolver dependência, ainda mais nessa idade. "Durante essa fase, o sistema nervoso central ainda está se desenvolvendo, e é o lugar exatamente onde o álcool atua, aumentando as chances de dependência, já que é um depressor desse sistema", afirma.

Outra questão que a especialista destaca é o fato de as mulhes serem mais vulneràveis aos efeitos do àlcool, tanto por terem menos água no corpo, deixando a substância concentrada no organismo, quanto por terem menos enzimas que metabolizam o álcool. "Essa vulnerabilidade aumenta as chances de desenvolver a depenbdência, como o sexo desprotegido, por exemplo", completa.

com informações do R7.com