19 maio 2020

Governo de SP vê coronavírus estabilizado na capital e afasta ideia de lockdown



(Foto: Getty Images)
Foto: Getty Images

O governo do estado de São Paulo diz que não há "lockdown no horizonte" para a capital, medida que chegou a ser aventada pela prefeitura, no final de semana para combater o novo coronavírusA adoção de medidas de restrição mais duras que as da quarentena não está nos planos por ora pelo seguinte:


1) O número de novas mortes e casos é alto, mas há estabilidade;

2) A adoção do megaferiado na cidade pode ajudar a reforçar essa situação;
3) A Polícia Militar diz que seria preciso aumentar o efetivo na cidade, talvez dobrar, a fim de que pudesse vigiar a adoção das medidas restritivas de circulação na cidade;
4) O governo estadual estuda a adoção de um megaferiado na região metropolitana de São Paulo, logo depois do feriado paulistano, o que ajudaria a limitar a circulação também na cidade de São Paulo.
O governo estadual diz que não há "estabilização" do número de mortes, mas "estabilidade". Pode ou não ser transitória, pode ou não haver possibilidade de redução do número de óbitos e casos.
Tendo em vista esse cenário, em que não há perda de capacidade de conter a doença, segundo o governo estadual, não há perspectiva de adoção do "lockdown".
A taxa do crescimento do número de mortes tem diminuído na cidade. Isto é, os novos óbitos registrados a cada dia em relação ao total de óbitos acumulados até o dia anterior têm crescido a uma taxa menor: era em média de 3,1% na semana final de abril, foi de 1,4% na última semana, em maio. O crescimento da soma de mortes confirmadas por Covid-19 e de suspeitas de vítimas da doença também baixou, de 4% para 1,1%.
Em termos absolutos, o número de mortes passou de 54, na média da semana final de abril, para 39, nos últimos sete dias, em maio. No caso da soma de mortes e suspeitas, os números passaram de 142 a 61, respectivamente.
Segundo dados obtidos pela reportagem, a taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 na rede privada estava em 82%, nesta segunda (18). No entanto, o indicador, fornecido por hospitais, é volátil. Na semana passada, superou 90%.
com informações da Folha de S.Paulo