31 maio 2020

Papa Francisco fala em "prazer" e é aplaudido pelos fiéis ao voltar a rezar na praça após quase três meses

Papa Francisco fala em "prazer" e é aplaudido pelos fiéis ao voltar a rezar na praça após quase três meses
As pequenas alegrias da retomada da vida na Itália após o confinamento geral da população por causa do coronavírus ganharam neste domingo (31) um novo capítulo: os fiéis puderam voltar à Praça São Pedro, no Vaticano, para rezar junto ao papa Francisco.

A tradicional benção de domingo, que geralmente reúne milhares de turistas, foi esperada com satisfação pelo público -- ainda tímido em relação aos tempos "normais" e praticamente só de residentes de Roma -- que foi acompanhá-la na praça.

Um grupo de freiras ensaiava um abraço simbólico assim que o pontífice aparecesse na janela do palácio do Vaticano, de onde ele faz a benção aos domingos. Famílias com crianças e muitos idosos também compareceram.

Para entrar no local era necessário usar máscara, higienizar as mãos com álcool gel e passar por um aparelho -- junto ao raio-x obrigatório -- que media a temperatura corporal. Policiais controlavam para que fosse respeitado a distância de pelo menos um metro entre os presentes.

A última cerimônia pública de Francisco no local ocorreu no dia 8 de março, dois dias antes de a Itália iniciar um confinamento amplo e geral à toda população. O Vaticano, o menor Estado independente do mundo, localizado numa área pequena e central de Roma, acatou todas as normas estabelecidas pelas autoridades italianas. Desde então, o papa passou a comandar as cerimônias (transmitidas na internet) de dentro biblioteca apostólica do Vaticano.

Como as fronteiras na Europa serão abertas para o turismo nas próximas semanas, a retomada dos visitantes na Itália será lenta, num primeiro momento voltada apenas para locais ou no máximo europeus.

A oração na praça durou cerca de 15 minutos. Nela, Francisco mencionou que "curar as pessoas é mais importante que a economia" --  "nós, pessoas, somos o templo do Espírito Santo, a economia não" -- e mencionou como a pandemia do coronavírus está impactando os pobres e as populações indefesas da Amazônia. "Tantos são os contagiados e mortos, inclusive entre os povos indígenas, particularmente vulneráveis", ressaltou. O papa também pediu para os fiéis rezarem para ele.

"É um pouco estranha a reza do Angelus de hoje", disse ele quando iniciou a gravação na biblioteca em março, dizendo-se "enjaulado". "Mas eu os vejo, estou ao lado de vocês", disse ele naquele domingo aos fiéis que o acompanhavam por streaming.

com informações de yahoonotícias