17 julho 2020

São Paulo não terá Réveillon na Avenida Paulista em 2020, anuncia Covas

(Foto: Divulgação/Fabio Zelenski/Prefeitura de São Paulo)

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou na tarde desta sexta-feira (20) que a capital não realizará as celebrações do Ano-Novo na Avenida Paulista devido à pandemia do novo coronavírus.
“Hoje a gente anuncia que também não teremos o Réveillon na Paulista nessa virada de ano de 2020 para 2021. Tanto a prefeitura quanto o governo do Estado de São Paulo, os técnicos da Vigilância Sanitária e do governo do estado entendem como muito temerário nós organizarmos um evento para 1 milhão de pessoas na Avenida Paulista para dezembro deste ano”, explicou Covas.


Segundo ele, não haveria tempo hábil necessário para a organização de um evento dessa proporção durante a pandemia. “Como é um evento que requer uma organização de pelo menos 3 meses, envolve patrocínio, envolve agenda de artistas, pacotes promocionais de hotéis, turismo. Queremos aqui com a maior previsibilidade possível já deixar anunciado”, completou ele.
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CARNAVAL, PAR

O prefeito alertou ainda que segue dialogando com os organizadores de dois outros mega-eventos sobre uma possível data: A Parada LGBT e Marcha Para Jesus.
Os dois movimentos, segundo Covas, deveriam ter sido realizados em junho, mas foram adiados para novembro. “Seguimos conversando com a organização desses dois eventos, e assim que tivermos uma posição conversada, nós iremos divulgar”, finalizou.
Com relação ao Carnaval, Covas afirmou que dialoga com as escolas de samba da capital e com outras cidades do país na tentativa de tomarem uma decisão conjunta a respeito de uma nova data.
“Na nossa cidade, temos o Carnaval de Rua, mas que requer uma organização menor do que no Sambódromo. Em 2 ou 3 meses, conseguimos organizar o Carnaval de Rua, mas no Sambódromo são precisos, pelo menos, 6 meses”, explicou.

IMPACTOS ECONÔMICOS

Sem estimar o prejuízo econômico que o cancelamento do Réveillon na Paulista pode trazer, Covas afirmou que avaliação da área da Saúde foi preponderante na tomada de decisão.
“O impacto que um evento de 1 milhão de pessoas pode ter na área da Saúde é bem maior que qualquer prejuízo econômico que a cidade possa ter nesse instante. É claro que o Réveillon na Paulista ajuda o setor de Turismo, mas é um evento muito mais para os paulistanos do que para os turistas. Não é um momento em que tradicionalmente lotam os hotéis, a tendência é a população deixar a cidade. Mas é claro que você tem um impacto econômico com isso”,
O coordenador do Centro de Contingência de São Paulo, Paulo Menezes, afirmou que o cancelamento do mega-evento vai contribuir para reduzir as mortes por conta da doença. “Não é momento para pensar nisso. O Centro de Contingência fica muito mais tranquilo sabendo disso e vamos evitar muitas mortes dessa forma, salvando vidas”, avaliou ele.
Nesta semana, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse não haver motivos para celebrar mega-eventos no estado, como o Ano-Novo ou o Carnaval, durante a pandemia e que tais festividades só deveriam acontecer após a criação de uma vacina contra a Covid-19.
“Não temos que celebrar nem Ano-Novo nem Carnaval diante de uma pandemia. Apenas com uma vacina pronta, aplicada e imunização feita poderemos ter celebrações que fazem parte do calendário do país, mas, neste momento, não”, disse

com informações de yahoonotícias