29 dezembro 2020

Guarda Municipal resgata 70 aves da mata atlântica e caatinga em feira de Santa Catarina

 
Uma operação do Grupamento de Ação Ambiental da Guarda Municipal do Natal (Gaam/GMN) resgatou na manhã do sábado (26), 70 aves silvestres que estavam sendo comercializadas de forma ilegal na feira livre do Conjunto Santa Catarina, zona Norte da capital. Os pássaros estavam presos em gaiolas e pequenos viajantes com várias aves juntas em espaços pequenos, em alguns casos sem água e alimento.

Na operação, os guardas municipais catalogaram diversas espécies resgatadas, sendo algumas provenientes da região da Mata Atlântica e outras originárias da caatinga brasileira. 

Entre as aves foram encontrados galos de campina, canários, sibites, papa-capim, sanhaço cinzento, golinha, bigode, entre outros. Além do resgate dos pássaros, todo o material utilizado para manter as aves confinadas foi apreendido e será destruído.

A guarnição do Gaam/GMN informou que foram acionados pelo Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) para averiguar uma denúncia de comercialização ilegal de tucanos na feira livre. “Quando os guardas chegaram na feira fizeram uma busca para tentar localizar os tucanos e acabaram encontrando diversas gaiolas e pássaros confinados escondidos embaixo de palhas de coqueiros. Foram contadas 70 aves, porém não localizamos nenhum tucano”, informou coordenador do Gaam/GMN, CGA Isaac Cruz.

Na ocasião, os responsáveis pelo crime ambiental conseguiram se evadir da feira livre antes da chegada das viaturas da GMN. A suspeita dos guardas municipais é que algum informante percebeu a aproximação das guarnições e avisou as pessoas que estavam comercializando os pássaros, que fugiram abandonado as aves e gaiolas.

Os pássaros foram identificados e conduzidos ao Plantão da Fiscalização Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) e após avaliação veterinária, os da Mata Atlântica serão soltos em uma reserva na Região Metropolitana de Natal e os da Caatinga serão encaminhados ao Ibama para avaliação e soltura no habitat apropriado.

O tráfico e o comércio ilegal de espécies da fauna silvestre é crime podendo o transgressor ser punido com pena de seis meses a um ano de detenção, além de multa administrativa por crime ambiental de tráfico, que corresponde a R$ 500 por ave e se o animal for ameaçado de extinção, o valor sobe para R$ 5 mil.

O crime é previsto na Lei Federal 9.605/98 e o cidadão pode denunciar esse tipo de delito nos números 190 (Centro Integrado de Operações em Segurança Pública – Ciosp), 181 (Disk Denúncia – Polícia Civil) ou 3616-9829 (Ouvidoria da Semurb).