23 agosto 2021

Tráfico internacional de drogas: Justiça Federal do RN condena ex-policial e mais três pessoas


A Justiça Federal no Rio Grande do Norte condenou um ex-policial militar do Paraná e outras três pessoas acusadas de tráfico internacional de drogas. Segundo a acusação, os quatro mantiveram, em depósito, no período de 12 de setembro de 2020 a 3 de outubro de 2020, 238 quilos de cocaína e tentaram destiná-la para Europa, introduzindo a droga em contêineres no Porto de Natal.

O caso, que é um desdobramento da Operação Enterprise, foi sentenciado pelo magistrado Walter Nunes da Silva Júnior, titular da 2ª Vara Federal. O ex-policial militar paranaense Emerson Rode Marques foi condenado a 23 anos, 10 meses e 22 dias de prisão. Desse total, 10 meses e 18 dias já foram cumpridos em prisão preventiva.

Os outros condenados são Marcos Cezar Alexandre Pires Júnior, que cumprirá pena de 10 anos e 8 meses de reclusão; Lucas Farias Alboitt, com pena de 10 anos e 8 meses de reclusão, e Roberto Corrêa Pinheiro com pena de 12 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão. Todos esses três terão uma detração da pena de 10 meses e 18 dias cumpridos em prisão preventiva.

As investigações apontaram que os quatro condenados fazem parte de uma organização criminosa oriunda de Paranaguá, no Paraná, especializada no tráfico internacional de drogas. De acordo com a JFRN, esse núcleo paranaense atuava a partir do porto de Natal.

“Os acusados dispunham de lacres referentes a contêineres com previsão de partida em datas diferentes, de modo que poderiam inserir drogas, como de fato inseriram, em várias ocasiões”, escreveu o magistrado.

Na sentença, o Juiz Federal Walter Nunes ainda retratou a dimensão do problema que é o tráfico internacional a partir do Porto de Natal: “Em resumo, desde o ano de 2018, mais de 10 toneladas de cocaína já foram apreendidas, tanto nesta capital, quanto naquele país, lá chegando a partir de carregamentos originados do porto de Natal. A respeito dessas apreensões, a Polícia Federal possui, em andamento, pelo menos cinco inquéritos policiais, investigando tal prática”.