09 dezembro 2021

Morre homem internado há mais de 3 meses suspeito de ter sido envenenado pela esposa duas vezes


Morreu, na terça-feira (7), o homem que a Polícia Civil acredita ter sido envenenado pela própria esposa dentro de um hospital privado em Natal. Ricardo Gonçalves Rosa tinha 40 anos e ficou internado por mais de 100 dias. A mulher foi presa em outubro, em Parnamirim.

O registro de envenenamento ocorreu em setembro deste ano. Nesses mais de três meses, Ricardo seguiu em tratamento no hospital, mas acabou falecendo devido às complicações. O corpo passou pela perícia do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) e foi liberado à família, que reside em Caraguatatuba, em São Paulo.

O caso é investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Parnamirim, que suspeita de que a esposa teria envenenado o marido duas vezes: uma durante um almoço, o que provocou a internação; e outra dentro do leito de hospital, inserindo o veneno na sonda de alimentação.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, Ricardo entrou em coma horas após um almoço com a esposa, sendo internado em seguida com um quadro grave e desconhecido em setembro. Dias após essa internação, em 23 de setembro, a mulher, durante uma visita, pediu para ficar reservadamente com o marido no leito do hospital para fazer uma oração. Foi neste momento que os equipamentos que mantinham o rapaz vivo começaram a alarmar.

Segundo os relatos, a equipe médica chegou ao local e verificou uma substância estranha na sonda que leva alimentação ao paciente. O material foi recolhido e entregue a Polícia Civil. O exame químico-toxicológico feito na sonda pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia do RN (Itep) identificou a substância como “chumbinho”, um inseticida de uso agrícola. Segundo a Polícia Civil, a vítima havia apresentado melhora no quadro clínico durante a internação, mas após o episódio no hospital, ele voltou a ficar em estado grave.

Ricardo e a esposa tinham 17 anos de relacionamento e dois filhos adolescentes. De acordo com o advogado de defesa, a mulher, que tem 39 anos, nega as acusações e alega que, nos exames de sangue e urina, não foram constatadas substâncias tóxicas. Após o falecimento, o corpo passa por exames complementares no Itep para verificar se realmente existiu ou não presença de veneno no corpo do homem.

Com a confirmação da morte, a Polícia Civil vai indiciar a esposa por homicídio consumado e não mais por tentativa de homicídio.

Com informações de: portaldatropical