11 dezembro 2021

Pix: confira novas funções que estarão disponíveis em 2022


Com a rápida adesão dos brasileiros ao
Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC), em apenas um ano, a autarquia já prepara novas funcionalidades para ampliar ainda mais o acesso à ferramenta.

Neste ano, já foi disponibilizado o Pix Saque, em que o cliente poderá fazer saques em qualquer ponto que oferte o serviço, como comércios e caixas eletrônicos, tanto em terminais compartilhados como da própria instituição financeira.

Já no Pix Troco, que começará a funcionar em 2022, o cliente fará um Pix equivalente à soma da compra e do saque e receberá a diferença como troco em espécie. O extrato do cliente especificará a parcela destinada à compra e a quantia sacada como troco.

“Essas duas novidades podem fazer com que haja uma redução de caixas eletrônicos na cidade, uma vez que o saque de dinheiro pode ser feito em qualquer comércio”, explica Alex Peguim, COO da Speedy.io, fintech de serviços financeiros focada em micro, pequenos e médios empreendedores. “Também vamos ter uma concorrência maior entre os métodos de pagamento, tanto em preço quanto em oferta de serviço”, avalia.

A mais recente novidade envolvendo o Pix é a utilização do sistema para arrecadação de recursos para as campanhas eleitorais de 2022. A medida foi autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última sexta-feira (9), e partidos e candidatos deverão usar o CNPJ ou CPF como chave de identificação.

“Acho este um marco muito importante para nós brasileiros, pois o Pix garante a rastreabilidade eletrônica da fonte pagadora. Acredito que outras novidades, como o Pix Garantido e Pix Crédito, também vão agir muito bem em terrenos onde o cartão de crédito domina, como os serviços de mensalidade, pagamentos recorrentes e até mesmo parcelamentos”, afirma Alex.

Confira outras funcionalidades do Pix que devem chegar 2022:

Pix Offline: de acordo com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, essa modalidade ainda está em processo de avaliação, mas já está sendo testada com três tecnologias

Pix Aproximação: assim como com cartões de crédito, será possível fazer pagamento aproximando o celular da máquina de cartão, por exemplo.

Débito automático: será possível colocar contas de luz e telefone, por exemplo, para serem pagas automaticamente com Pix.

Pix Internacional: segundo Roberto Campos Neto, essa função ainda não tem data definida, mas o BC já conversa com a Inglaterra e Itália para permitir transferências internacionais instantâneas por meio da ferramenta.

Democratização do sistema bancário

Criado pelo Banco Central (BC) em novembro de 2020, o Pix é utilizado por mais de 106 milhões de brasileiros e mais da metade das empresas no país. A rápida adesão da população ao sistema de pagamentos instantâneos surpreendeu as instituições financeiras.

“Praticamente todos os bancos e instituições financeiras aderiram ao Pix. Dessa forma, todos os usuários podem facilmente transferir valores entre instituições sem qualquer tipo de espera de compensação e de forma gratuita. Também tem a facilidade da divulgação da chave, uma vez que já é um número conhecido por você” explica Alex Peguim.

O Pix funciona 24 horas, 7 dias por semana, entre quaisquer bancos, de banco para fintech, de fintech para instituição de pagamento, entre outros. Para Peguim, a agilidade do sistema e o baixo custo são os principais atrativos.

“Tanto para física quanto para pessoa jurídica, o dinheiro cai na hora e o custo da operação é baixíssimo, ou nenhum. Muitas vezes, as pessoas não faziam TED ou DOC de valores muito baixos, pois a própria taxa poderia superar o valor a ser transferido. As vaquinhas, quando você vai fazer uma festa com os amigos, por exemplo, a divisão de contas, ficou muito mais simples com o Pix, uma vez que é possível fazer transferências de centavos”, pondera.

A aposentada Divina M. de Sousa, de 65 anos, conta que teve receio de usar a ferramenta mas a praticidade chamou sua atenção. “Antes, a gente tinha que pagar taxa para fazer transferências, seria um gasto a mais. No início, eu fiquei com muito medo de colocar meu CPF, celular ou e-mail, e alguém descobrir e pegar esses dados para fazer transferências. Mas, agora, eu acho muito mais prático e é uma economia pra mim”, ressalta.

Com informações de: brasil61