20 março 2022

Contrariado por ser impedido de usar o celular, adolescente de 13 anos mata mãe e irmão

Foto: reprodução | Redes sociais

Um menino de 13 anos confessou que matou a tiros a mãe, de 47 anos e o irmão mais novo, de sete anos, nesse sábado (19). O pai do garoto, de 57 anos, ficou gravemente ferido. Segundo o depoimento, ele cometeu o crime porque a família o proibiu de usar o celular para jogar e para conversar com os amigos e também porque era pressionado para obter notas boas.

O menino foi apreendido pouco depois do crime e levado para a Delegacia de Homicídios e Entorpecentes da Polícia Civil, em Patos. Seu depoimento foi prestado na presença de uma advogada e de uma parente. O delegado Renato Leite está responsável pelo caso.

De acordo com Renato, já é possível fazer uma reconstituição dos fatos. O pai do menino, policial militar reformado, foi à farmácia comprar um remédio para a esposa e, pouco antes de sair de casa, retirou o celular do menino, no que foi definido pela criança como sendo “a gota d’água” que desencadeou o crime.

Quando o pai retornou da farmácia, já encontrou a esposa morta, baleada quando estava deitada. Encontrou o filho com a arma na mão e pediu para ele soltar o revólver. Ao invés disso, o menino atirou no pai e o atingiu no tórax, deixando-o gravemente ferido.

Com o barulho dos tiros, o irmão do adolescente correu para abraçar o pai, acabou sendo baleado pelas costas e morrendo no local.

Ainda de acordo com o delegado, o suspeito, depois dos tiros, guardou a arma do pai e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O pai foi levado para o hospital e está internado em estado grave.

No início, o menino negou o crime e a própria polícia achava, a princípio, que ele era vítima, sobrevivente de uma chacina. Depois, contudo, no desenrolar das investigações, ele foi apontado como suspeito. E, na delegacia, acabou confessando.

Ele está na carceragem da Polícia Civil de Patos aguardando audiência de apresentação. Segundo o delegado, é provável que ele seja internado provisoriamente em medida provisória contra menor infrator. Após a apreciação judicial, ele deve ser ser enviado para o Centro Especializado de Reabilitação de Sousa.

Com informações de: g1