17 maio 2022

ADEPOL celebra convocações mas alerta necessidade de novas turmas


Foi uma luta de anos, com a participação direta da Associação dos Delegados de Polícia Civil e outras entidades. Mas finalmente, na semana passada, o Governo do Estado convocou para o curso de formação, parte dos aprovados do mais recente concurso para ingresso na polícia judiciária do RN. Para a Adepol/RN, a chegada de novos policiais é sempre importante, e motivo para comemorar, mas não se pode esquecer que o déficit nos quadros, ainda é gigantesco e já é hora de pensar nas próximas turmas. Atualmente, a PC conta com 1.352 servidores, quando deveriam ser 5150. Ou seja, com os novos 400 convocados, será insuficiente a contribuição para a diminuição da defasagem.

Esta semana, o Ministério Público ajuizou uma ação pedindo que o Governo nomeie os aprovados em até trinta dias depois de encerrado o curso de formação, iniciativa que conta com a aprovação da Adepol. "É, sim, um momento para comemorar, estamos muito felizes porque isso vai virar realidade, mas a gente não pode esquecer que ainda precisam vir mais duas turmas ou uma segunda turma maior para o curso. Não podemos esquecer que a PC funciona com apenas 1/4 do efetivo ideal", ressalta a delegada Taís Aires, presidente da Adepol.

Segundo ela, este ano houve uma reunião com a governadora Fátima Bezerra e a delegada-geral, Ana Cláudia Saraiva, e na ocasião houve o compromisso de se iniciar ainda este ano a segunda turma de formação. "A gente espera que esta promessa se concretize. A gente vai continuar lutando para que isso aconteça."

Outro fator que preocupa é o número de policiais que estão aptos a se aposentar, hoje são 145 . Além disso, os poucos que continuam trabalhando em suas folgas e recebendo baixas diárias operacionais para ajudar a completar as escalas. Muitos adoecem e acabam se afastando por tal motivo.

Para Taís Aires, a ação proposta pelo Ministério Público, se julgada procedente, afasta alguns impedimentos legais específicos de um ano eleitoral além de evitar nomeações tardias em relação ao período em que o novo servidor passou pelo curso de formação.