31 março 2018

Lula quis transformar o Brasil em galinheiro e agora colhe os ovos, diz Bolsonaro

Cassiano Rosário/Futura Press
Foto: Cassiano Rosário/Futura Press
O deputado Jair Bolsonaro (PSL), atravessou sem por os pés no chão os 70 passos que separam a porta do saguão de desembarque do aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais (PR), até a rua onde estava estacionado o caminhão de som dos seus simpatizantes.
Os cerca de 200 apoiadores do presidenciável o carregaram nos ombros aos gritos de "mito" e "presidente". Bolsonaro não falou com a imprensa, fez apenas um breve discurso em cima do veículo, onde atacou o ex-presidente Lula, reivindicou o direito do cidadão de andar armado e pediu voto impresso na eleição de outubro. Vestiu uma faixa presidencial.
Bolsonaro fez menção aos ataques sofridos pela caravana do presidente Lula, atingida por ovos em discursos no Sul. "Lula quis transformar o Brasil num galinheiro. Agora está colhendo os ovos", disse. Ele não falou diretamente sobre os tiros disparados contra dois ônibus da caravana petista, nesta terça (27).
Mas o direito de atirar, porém, não ficou de fora do discurso. Ele defendeu que "a Polícia Militar, em defesa do povo, atire para matar". "Nós faremos voltar a valer a força." Usou uma metáfora para dizer que derrotará os opositores de esquerda. "Agora vão ver a direita. Vão levar um cruzado de direita."
Do lado de fora ambulantes vendiam camisetas com o rosto do pré-candidato estampado. A unidade custava R$ 39, mas uma promoção anunciava três por R$ 100.
Lula era o alvo principal dos militantes. Um homem de chapéu e botas brancas levava consigo uma caixa com uma dúzia de ovos onde estava impressa a imagem do ex-presidente. 
Em um ponto, pelo menos, os ativistas pró-Bolsonaro e os lulistas estão do mesmo lado. Assim como nos protestos do PT, a imprensa foi alvo. O canto preferido é "o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo", usado por petistas em outras campanhas.
com informações de yahoonotícias