Carmen Eliza Bastos de Carvalho, uma das promotoras do Caso Marielle, pediu nesta sexta-feira (01) afastamento das investigações do Ministério Público estadual. De acordo com o MP, ela pediu para deixar o cargo após a repercussão negativas dos posts em redes sociais que mostram seu apoio a campanha do então candidato a Presidência Jair Bolsonaro.
A Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro instaurou procedimento para análise das postagens de Carmen. Em uma delas, ela veste uma camiseta em apoio a Bolsonaro. Em nota, o MP diz que "reconhece o zeloso trabalho" da promotora, "que nos últimos dias vem tendo sua imparcialidade questionada (...) por exercer sua liberdade de expressão como cidadã, nos termos do art. 5º da Constituição Federal".
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O MP diz ainda que Carmen Eliza foi escolhida para o caso por "critérios técnicos" pela sua "incontestável experiência" e pela "eficácia comprovada de sua atuação em julgamentos no Tribunal do Júri, motivos pelos quais Carmen Eliza vem sendo designada, recorrentemente, pela coordenação do GAECO/MPRJ para atuar em casos complexos", diz a nota.
Carmen foi uma das três do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que participou de uma entrevista coletiva na última quarta-feira (30) para tratar do caso. Na coletiva em questão, o MP afirmou que um áudio comprovava que o ex-PM Élcio de Queiroz, preso pelas mortes de Marielle e Anderson, teve sua entrada no condomínio onde Bolsonaro possui uma casa, horas antes do crime, liberada pelo ex-PM Ronnie Lessa, o outro preso pelas mortes.
Na data do crime, 14 de março de 2018, o então deputado Jair Bolsonaro estava em Brasília, fato comprovado por duas marcações de presença em votações na Câmara dos Deputados. Em outras postagens que ganharam repercussão nas redes sociais, Carmem aparece ao lado do então candidado a deputado estadual pelo PSL, Rodrigo Amorim, conhecido por quebrar uma placa em homenagem a Marielle Franco durante um comício de apoiadores.
com informações de yahoonotícias