08 fevereiro 2021

Preço da cesta básica cai em quatro capitais do Nordeste em janeiro de 2021, diz Dieese; maior queda foi em Natal

 


Os custos da cesta básica registraram queda em quatro capitais do Nordeste, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e divulgada nesta segunda-feira, 8. As capitais cujos valores apresentaram queda em relação a dezembro de 2020 foram Natal (-0,94%), João Pessoa (-0,70%), Aracaju (-0,51%) e Fortaleza (-0,37%). 

Os dados da pesquisa indicam que os preços do conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta (conforme Decreto-lei 399/1938) durante um mês, aumentaram em 13 capitais pesquisadas. As maiores altas foram registradas em Florianópolis (5,82%), Belo Horizonte (4,17%) e Vitória (4,05%)

. São Paulo, é a capital em que a cesta apresentou o maior preço: R$ 654,15, com alta de 3,59%, na comparação com dezembro de 2020. Em 12 meses, o valor do conjunto de alimentos subiu 26,40%. O valor mais baixo foi registrado em Aracaju, capital de Sergipe, onde os itens básicos custam R$ 450,84.

 Natal é a segunda mais barata entre as cidades pesquisadas, em que os itens estipulados custam R$ 454,49. Com base na cesta mais cara, que, em janeiro, foi a de São Paulo, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário foi equivalente a R$ 5.495,52, o que corresponde a 5 vezes o mínimo já reajustado, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. 

Entre os itens que puxaram o aumento em grande parte das capitais estão o feijão, cujo preço subiu em 12 capitais; o açúcar, que teve incremento de preço em 15 cidades e a carne bovina de primeira que registrou alta em 14 municípios pesquisados.

 A pesquisa A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) é um levantamento contínuo dos preços de um conjunto de produtos alimentícios considerados essenciais. 

A PNCBA foi implantada em São Paulo em 1959, a partir dos preços coletados para o cálculo do Índice de Custo de Vida (ICV) e, ao longo dos anos, foi ampliada para outras capitais.

 Hoje, é realizada em 17 Unidades da Federação e permite a comparação de custos dos principais alimentos básicos consumidos pelos brasileiros.

 Os itens básicos pesquisados foram definidos pelo Decreto Lei nº 399, de 30 de abril de 1938, que regulamentou o salário mínimo no Brasil e está vigente até os dias atuais.

 O Decreto determinou que a cesta de alimentos fosse composta por 13 produtos alimentícios em quantidades suficientes para garantir, durante um mês, o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta. Os bens e quantidades estipuladas foram diferenciados por região, de acordo com os hábitos alimentares locais.

 O banco de dados da PNCBA apresenta os preços médios, o valor do conjunto dos produtos e a jornada de trabalho que um trabalhador precisa cumprir, em todas as capitais, para adquirir a cesta. Os dados permitem a todos os segmentos da sociedade conhecer, estudar e refletir sobre o valor da alimentação básica no país.


com informações do agorarn.com