20 junho 2021

Ocupação de leitos críticos diminui o Rio Grande do Norte

Pela primeira vez desde o dia 17 de fevereiro, a ocupação de leitos críticos específicos para o tratamento do Covid-19 no Rio Grande do Norte, recuou para menos de 80% no início deste final de semana. A queda é reflexo da diminuição das solicitações por leitos que registrou recuo de 33% entre os dias 1º e 19 deste mês. Os dados são do portal Regula RN e são referentes aos hospitais públicos gerenciados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) e também às unidades de saúde privadas que mantêm contrato de prestação de serviços via convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS).


Às 11h deste sábado (19), a taxa de ocupação no Estado era de 77,2%, nível já considerado aceitável para retomada de boa parte das atividades econômicas e sociais. A melhor situação estava no Seridó, com 70% de ocupação, seguido pela região Metropolitana de Natal, com 76,5%. A região Oeste, que durante a maior parte dos últimos três meses esteve quase que integralmente ocupada, estava com 81,7%. 

Na fila por leitos críticos, eram três pessoas aguardando leitos, com 92 vagas disponíveis. Entre os pacientes com perfil de leito clínico, 9 aguardavam regulação para uma das 168 vagas disponíveis. Sobre o perfil etário das pessoas internadas, 72,97% são pacientes abaixo dos 60 anos de idade, enquanto 27,03% são idosos. 

Óbitos 
Apesar da redução no número de pessoas que estão se contaminando, ainda é alta a quantidade de pessoas que morrem nos leitos de tratamento para a Covid-19. Na sexta-feira (18), foram 27 pessoas, sendo 26 em leitos de UTI e uma em leito clínico. Em junho, a média é de 19,2 mortes por dia em leitos destinados ao tratamento da covid-19 no Rio Grande do Norte. 

Transparência 
O RN apresentou o oitavo melhor índice de Transparência da Covid-19 do Brasil e o segundo do Nordeste no sistema promovido pela Open Knowledge Brasil (OKBR) para avaliar a qualidade dos dados e informações relativos à pandemia do novo coronavírus publicados em portais oficiais pela União, pelos Estados e pelas capitais.

Esta é a terceira fase de avaliação, agora com novas metodologias. Na primeira versão 1.0, o Estado potiguar começou com baixo índice e, a partir do conhecimento dos métodos exigidos, alcançou o índice “ÓTIMO”. Na versão seguinte, iniciou com índice “BOM” e rapidamente conquistou a 5ª posição em transparência em nível nacional.

O recente Índice incorporou, entre os critérios, dados de vacinação, além de alterar outros. A princípio, foram usados 13. Na segunda versão, 26. E nesta última, cujo resultado foi publicado na quinta-feira (17/06), passa a ter 36 critérios de avaliação. Na escala de pontuação de 0 a 100, o Rio Grande do Norte obteve 93 pontos no primeiro índice, 96 pontos no Índice 2.0 e 78 pontos nessa primeira publicação do Índice 3.0.

“Já vimos ações que podemos melhorar. Com a ajuda das Secretarias de Administração e da Saúde e a colaboração da equipe do LAIS/UFRN, acreditamos que na próxima publicação, que agora passa de quinzenal para mensal, já alcançaremos o índice ÓTIMO”, estima Lenira Fonseca, gestora responsável pela Transparência da Controladoria Geral do Estado. 

Cerca de 43 mil brasileiros acima de 70 anos foram salvos pelas vacinas Covid-19 em um período de 90 dias. O dado é resultado de uma parceria entre o Ministério da Saúde, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e a Universidade Harvard (EUA), que uniram pesquisadores para analisar o cenário epidemiológico.

De acordo com o estudo, as vacinas utilizadas hoje, no Brasil, foram fundamentais na queda da mortalidade entre esse grupo da população, demonstrando a efetividade da vacina mesmo com a circulação de novas variantes do vírus.

“Estamos trabalhando pela vacinação no Brasil. Vamos vacinar todos os brasileiros maiores de 18 anos até o final do ano como resultado de muito trabalho e esforço diário para adquirir novas vacinas e acelerar a produção nacional desses imunizantes”, reforçou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Com a mesma base de dados, os profissionais também identificaram que as mortes por Covid-19 reduziram de 28% para 16% entre idosos de 70 a 79 anos. A metade do grupo dessa faixa etária recebeu a primeira dose da vacina até a última semana de março, segundo o estudo, e cerca de 90% tomou a vacina até a primeira metade de maio. Ainda de acordo com a pesquisa, a letalidade por Covid19 diminuiu de 28% para 12% entre o público acima de 80 anos, no mesmo período de tempo. 

Para chegar nesses índices, os pesquisadores envolvidos levaram em conta a mortalidade por Covid-19 em idosos comparada com óbitos por outras causas na mesma faixa etária. 

Segundo os profissionais que realizaram o estudo, o número total de mortes evitadas no Brasil pela vacina da Covid-19 é muito maior que os 43 mil apontados na pesquisa, isso porque não foi possível avaliar no estudo trabalhadores da saúde que atuam na linha de frente, população indígena, além de outros grupos prioritários abrangidos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19.

“Os resultados ressaltam a importância do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) para a produção de estatísticas de saúde no Brasil. O SIM inclui dados das declarações de óbito emitidas por médicos de todo o país, com uma cobertura estimada de 97%. Dados de mortalidade e de vacinação constituem importantes fontes de informação sobre a Covid-19 no Brasil”, destacou o diretor do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância das Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Giovanny França.  



Com informações de: tribunadonorte.com.br