08 julho 2021

Absurdo: grupo LGBTQIA+ vai à Justiça para exigir que Douglas Luiz, da Seleção Brasileira, use a camisa 24

 

Depois da Justiça arquivar o caso e decidir não aplicar multa à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) no processo que questionava o fato de nenhum jogador da seleção brasileira usar a camisa de nº 24 na disputa da Copa América, o “Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT” iniciou um novo processo, exigindo que o volante Douglas Luiz use a camisa 24 ao invés da 25 na final da Copa América, neste sábado (10), contra a Argentina.

Na ação, o grupo pede que seja concedida liminar que obrigue a CBF a mudar o número do uniforme de Douglas Luiz para a última partida da competição sul-americana, que acontecerá às 21h (de Brasília), no Maracanã.

Também foi pedido que a Confederação seja multada em R$ 460.000,00 se descumprir a ordem, caso a liminar seja concedida até a hora do jogo, e faça um “pedido público de desculpas” por ter promovido uma “posição institucional discriminatória” sobre o imbróglio da camisa 24 durante a Copa América.

O caso começou na semana passada, quando o “Grupo Arco-Íris” entrou com ação contra a CBF para que a entidade justificasse o porquê de nenhum atleta usar o número 24.

Após ser notificada oficialmente, a CBF respondeu por meio de seus advogados afirmando que a decisão de não ter um camisa 24 na Copa América foi “desportiva” e “por mera liberalidade” do meio-campista Douglas Luiz, que usa o uniforme 25, e da comissão técnica.

A CBF convocou 24 jogadores para a Copa América e quebrou a ordem numérica apenas uma vez, pulando do 23 para o 25.

Após a resposta, o magistrado decidiu arquivar o caso na última segunda-feira. O “Grupo Arco-Íris”, porém, seguiu na briga, fazendo um questionamento à Fifa, na última terça-feira, e agora entrando novamente na Justiça para tentar mudar o número de Douglas Luiz.

No Brasil, o 24 está associado ao veado no Jogo do Bicho, o que faz com que o número tenha conotação homofóbica.