A Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e mais outras 38 outras sociedades científicas divulgaram nesta terça-feira, 4, um manifesto de "tristeza e indignação" pelo incêndio que destruiu a maior parte do acervo do Museu Nacional, no Rio. Intitulado "A Vida e a Morte da Ciência e da Memória Nacionais", o documento pede "a reconstrução de uma ideia que o fogo não devora".
As entidades lembram que é impossível reconstruir as coleções perdidas ou recuperar os "tesouros históricos e científicos que têm alimentado a pesquisa nessa instituição". Mas, recomendam, é preciso reconstruir um "museu que sirva de referência para as futuras gerações, repetindo a fórmula que esteve presente na sua história, de um acervo histórico e científico apoiado na pesquisa científica, reunindo, assim, indissoluvelmente, a memória e a investigação, o passado e o futuro".
As organizações recomendam que, além de se liberar recursos para garantir a segurança do imóvel atual, é preciso "estabelecer locais de trabalho adequados para os pesquisadores" e a ampliação do museu, deslocando do palácio, para outros prédios em terreno próximo, as atividades administrativas, de pesquisa, de guarda de coleções e de ensino de pós-graduação.
"Isso, aliado a dotações orçamentárias adequadas para o futuro, permitiria a continuidade da instituição, com suas atividades de ensino e pesquisa, a realização de exposições públicas, com os serviços vinculados de museologia, divulgação científica e de assistência ao ensino", sugerem.
"As chamas que devoraram o Museu Nacional enviaram uma mensagem de alerta para a sociedade brasileira. É fundamental que sejam tomadas ações adequadas e urgentes para salvar a ciência, a tecnologia e a inovação no País. Urge impedir que essas chamas se alastrem e consumam o futuro do Brasil."
com informações do R7.com