27 maio 2019

Congresso minimiza efeitos de manifestações pró-Bolsonaro

Ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro, neste domingo (26)

Lideranças do Congresso minimizaram os efeitos das manifestações de domingo (26), e avaliaram que as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre as "velhas práticas" da política acirram ainda mais o embate entre o Planalto e os parlamentares. Entre os manifestantes que foram às ruas para defender o governo, houve críticas contra o Congresso, especialmente direcionadas ao Centrão e ao presidente da Càmara, Rodrigo Maia  (DEM-RJ).

"De efeito prático das manifestações no Congresso, zero, nada", comentou o líder do PRB na Câmara, Lafayette Andrada (MG), ao Broadcast Político. Para ele, a pauta foi "superficial" e o Congresso acabou sendo alvo de um "sentimento difuso" contra a classe política. "É um sentimento contra as classes políticas, contra os dirigentes, é o povo reclamando que as coisas não estão boas, reclamando dos políticos, então no sentimento difuso isso cai contra o Congresso."

No domingo (26), Bolsonaro afirmou que as manifestações eram um recado às "velhas práticas" que não deixaram o povo se "libertar". A declaração irritou parlamentares, entre eles o líder do PRB. "Isso não é bom, não é positivo. Ele fica surfando nessa onda que existe e que aproveitou muito na eleição, um sentimento contra a classe política, e fica botando gasolina na fogueira. Para ele, é burrice", disse Andrada.

Outros líderes do Centrão também avaliaram que as declarações do presidente em meio às manifestações atrapalham a relação com o Congresso. "A situação só vai se complicando na medida que o presidente não tem relação com o Congresso e ataca a política todo dia", disse o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. "As manifestações não serviram de muita coisa, isso só isola mais o governo. O Rodrigo Maia (presidente da Câmara) é o único que sustenta o governo ainda hoje. Ataque a ele é um tiro na testa, e não no pé", disse o deputado federal.

Ao comentar a declaração de Bolsonaro, Bivar afirmou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e os partidos do Centrão estão preocupados em aprovar reformas. "O presidente não quer dizer que velhas praticas seja o Centrão, velhas práticas não têm nada a ver com o Centrão. O Centrão está preocupado em fazer uma pauta positiva para o Brasil.".

Para o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), o presidente erra quando insinua que o Congresso está impedindo o avanço de pautas importantes para o País. "Ele tem que dizer que práticas são essas porque nós não temos nenhum prática em relação a esse governo ou a qualquer outra coisa, nós estamos tentando ajudar o Brasil", declarou Braga, que também minimizou a presença de apoiadores de Bolsonaro nas ruas: "Não vi o País mobilizado como em outros momentos", afirmou, citando as. manifestaçoes contra corte nas universidades no ultimo dia 15.

com informações do R7.com