Justiça determinou a soltura do comerciante Alberan Freitas, suspeito do crime de tortura de um quilombola, em Portalegre, região oeste do estado. A decisão foi da juíza Mônica Maria Andrade Figueiredo de Oliveira. Na audiência de custódia, ela entendeu que não havia mais a presença dos requisitos que autorizassem a prisão preventiva.
O alvará de soltura seguiu o parecer o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). Segundo o promotor Rodrigo Pessoa de Morais, "O Ministério Público Estadual se manifesta pelo indeferimento da representação de prisão preventiva por não restar presente fundamento para a sua decretação", argumentou o promotor.
O agressor foi preso na tarde dessa sexta-feira (17), na cidade de Portalegre. O mandato da prisão preventiva foi expedido pela Comarca de Justiça de Portalegre. Junto com o amigo André Diogo Barbosa, que se encontra foragido da justiça, foram acusados pelo crime de tortura.
Repercussão
O caso aconteceu no último sábado (11), mas o vídeo em que o quilombola Luciano Simplício, de 23 anos, aparece sem camisa, com a barriga no chão, bem como as mãos e pernas amarradas, ao lado do comerciante Alberan Freitas, veio repercutir na segunda-feira (13), com muitos compartilhamentos nos mais variados lugares do Brasil.
Segundo a versão de Alberan, o fato aconteceu porque o quilombola havia atirado pedras contra sua. No entanto, a delegada-geral da Polícia Civil do RN, Ana Claudia Saraiva, em entrevista coletiva afirmou que via indícios de "tortura, racismo e preconceito".
Com informações de: umarizalense