A Polícia Civil do Rio Grande do Norte tem um efetivo menor do que o registrado há 15 anos. O fato é mais grave quando se pensa no aumento da população, no crescimento do poder da criminalidade e na dificuldade do poder público em se realizar novos concursos para as forças de segurança.
De acordo com um levantamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em 2007, o RN contava com 1385 policiais civis e, atualmente, conta com 1279. Uma redução de 7,65%. Em números absolutos, o estado tem o menor efetivo do Nordeste, e em nível nacional, ganha somente do Acre (778 policiais civis), Roraima (800) e Amapá (1104). E a situação ainda deve piorar bastante, visto que, 146 servidores já estão aptos para a aposentadoria.
Atualmente, 301 pessoas aprovadas no último concurso da Polícia Civil aguardam o chamado para iniciarem o curso de formação. Assim que forem nomeados, poderão colaborar nos trabalhos investigativos de delegacias de todo o estado.
"Havia uma previsão de início do curso de formação em maio, mas até agora, não houve definição de local, convocação dos instrutores e divulgação de calendário. A formação e nomeação desses policiais é urgente, pois a polícia investigativa não pode continuar como está, com um policial fazendo o trabalho de cinco", frisou a delegada Tais Aires, presidente da Associação dos delegados de Polícia Civil do RN.
É importante ressaltar ainda que o número de policiais que serão chamados agora não representa nem de longe a atual necessidade da força. O déficit de servidores da Polícia Civil, hoje, é de aproximadamente 75%, número que deve aumentar com as novas aposentadorias.