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Divulgação |
A estudante potiguar Helena Marillac de Azevedo Rondon, de 14 anos, foi a vencedora da etapa estadual do Rio Grande do Norte do 54º Concurso Internacional de Redação de Cartas, promovido no Brasil pelos Correios. Aluna do 9º ano do Ensino Fundamental do Complexo Educacional Contemporâneo, unidade Cidade Verde, Helena escreveu uma carta poética e crítica assumindo a voz do próprio mar, em um poderoso apelo por preservação ambiental.
A temática do concurso este ano “ Imagine que você é o oceano. Escreva uma carta a alguém para explicar-lhe por que ele deveria cuidar de você e como deveria fazê-lo” dialoga diretamente com os princípios da Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021–2030), ou Década do Oceano, que mobiliza a sociedade global em torno da saúde e proteção dos mares.
Em um dos trechos mais marcantes, a estudante escreve:
“Espero que até 2030 muita coisa boa aconteça, porque esses dias ando muito sufocado, apesar de produzir mais de 50% do oxigênio que os humanos respiram. Isso significa que, em média, a cada duas respirações que vocês dão, uma depende de mim. E, mesmo assim, me poluem, me exploram e me ignoram.”
A jovem será premiada com R$ 2,3 mil, e sua escola receberá R$ 2,5 mil, como reconhecimento pelo primeiro lugar na etapa estadual. A carta representou o Rio Grande do Norte na fase nacional do concurso, que teve a participação de mais de 3.800 cartas, escritas por estudantes de 1.918 escolas públicas e privadas em todo o país.
A conquista de Helena ganha ainda mais relevância diante da recente iniciativa do governo brasileiro, que instituiu o Mês da Cultura Oceânica nas escolas, incentivando projetos educativos voltados à valorização dos oceanos e à alfabetização azul de crianças e jovens. A carta da estudante potiguar é exemplo vivo desse esforço, mostrando como a educação pode inspirar o engajamento em causas globais desde cedo, mobilizando consciência ecológica e cidadania ativa.
Mais do que uma premiação, a carta de Helena é um chamado à consciência coletiva, lembrando que ouvir o mar também é escutar o futuro da humanidade.