21 fevereiro 2020

Ceará não é o único: policiais pedem reajuste de salário em todas as regiões do país

Foto: Reprodução/Twitter

greve dos policiais militares do Ceará por um reajuste salarial maior do que o oferecido pelo governo tem tomado os noticiários nacionais. Mas esse não é o único estado onde as forças de segurança pública reivindicam aumento – e os governos temem que esses movimentos se inspirem no cearense e se tornem mais violentos.


Outro fator que pode incentivar movimentos paredistas pelo Brasil é a aprovação de um aumento de 41% no salário de policiais militares e bombeiros em Minas Gerais, escalonado até 2022. A medida foi tomada pelo governo que vive uma das piores crises fiscais do país – o orçamento de Minas para 2020 já prevê déficit fiscal.


A decisão já repercutiu nas forças policiais de outros estados. A Associação dos Praças do Estado do Amazonas (Apeam) compartilhou a notícia em sua página no Facebook afirmando que os reajustes foram realizados “após diversos protestos”:

A mobilização geralmente acontece nas redes sociais. Na Paraíba, o coronel da PM Marcos Alexandre Sobreira gravou um vídeo convocando os policiais para um protesto em frente à Assembleia Legislativa no dia 5 de fevereiro: “Saia do WhatsApp, saia da sua comodidade, junte-se a nós.” Na última quarta-feira (19), a categoria paralisou suas atividades por doze horas. O governo ofereceu um reajuste de 5% ao longos dos próximos dois anos, mas os policiais reivindicam 24%.
Em Florianópolis, capital de Santa Catarina, policiais militares fizeram um protesto no dia 30 de janeiro e interditaram parte da rodovia SC-401 por meia hora. No estado, o salário dos servidores não é reajustado desde 2015. Na última negociação, o governo sugeriu um aumento de 12,5%, que os manifestantes rejeitaram. Uma nova reunião está marcada para a tarde desta sexta-feira (21).

Negociações também estão em andamento no Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul. No Espírito Santo, palco de uma crise que resultou em 215 mortes violentas em 2017, representantes das forças de segurança pública afirmam que uma greve é improvável. Apesar de ainda ter o piso mais baixo do país (remuneração de R$ 2.778,43 para soldados), a categoria alega que o diálogo com governador Renato Casagrande (PSB), eleito em 2018, é melhor do que com o seu antecessor.
com informações de yahoonotícias