O Rio Grande do Norte tem mais de 60 mil pessoas com o ciclo vacinal contra a covid-19 atrasado. Dessas, 34,04% (ou 20.556 em números absolutos) pertencem ao grupo de risco por faixa etária por terem a partir de 60 anos de idade. Isso aumenta o risco de desenvolvimento da sintomatologia grave da doença e a consequente necessidade de internação. Os números relacionados à aplicação em atraso das segundas doses das vacinas no Estado foram solicitados pelo Instituto Santos Dumont (ISD) ao Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN). A preceptora médica em Infectologia do ISD, Manoella Alves, ressalta a necessidade dos idosos, principalmente, de completarem o ciclo de imunização.
“Os idosos devem completar o ciclo vacinal assim como todo indivíduo de outra faixa etária que já recebeu sua primeira dose. Porém, como os idosos fazem parte de grupo de risco para evoluir com Covid-19 grave, se torna ainda mais importante que eles estejam com o esquema vacinal completo. As vacinas que exigem duas doses são aquelas em que os estudos mostraram que, apenas com duas doses, o indivíduo está protegido de maneira eficaz, isto é, a segunda dose é essencial para que o indivíduo desenvolva uma proteção muito maior para a covid-19. A segunda dose provoca um novo estímulo para o sistema imunológico”, declara a infectologista Manoella Alves.
“O aumento do número de internações entre os idosos neste momento pode ser multifatorial: aumento da circulação das pessoas e idosos que não fizeram a segunda dose da vacina. E talvez a cepa Delta que já foi identificada no RN possa estar também contribuindo. Por isso, a importância de que todos, independente da faixa etária, devem buscar a vacinação completa quando esta for liberada para o seu grupo. Além disso, manter o uso de máscaras e o distanciamento social ainda são medidas eficazes para o combate à covid-19”, enfatiza Manoella Alves.
Variante Delta
O Instituto de Medicina Tropical (IMT/UFRN) confirmou a circulação da variante Delta do coronavírus no Estado.
De acordo com a diretora do IMT, Selma Jerônimo, a identificação de variantes é frequente, em virtude da fácil mutação do RNA do vírus, motivo pelo qual as pessoas devem manter os cuidados na prevenção e tomar a vacina contra a covid-19. “A diminuição da presença do vírus entre as pessoas é via de controlar o surgimento de novas variantes”, afirma.
Com informações de: serido360